Durante toda evolução histórica ouvimos relatos de doenças mentais. Culturalmente essas doenças estão ligadas ao “fracasso”, como se a pessoa que tem alguma dificuldade de lidar com o seu psicológico fosse uma pessoa fraca. Percebo que a cada ano que se passa isso é desconstruído aos poucos e as pessoas estão começando a entender que ter dificuldade emocional é normal e inerente ao ser humano pelo menos em alguma fase da vida.
O psicólogo é o profissional que cuida da saúde mental, sendo ele responsável pelo tratamento dessas dificuldades emocionais (junto ao psiquiatra, quando necessário). Quando um cliente fala de suas emoções ele entra em contato com sua sensibilidade humana, muitas vezes estigmatizada pela sociedade. O homem, principalmente, cresce ouvindo que precisa “ser forte”, “ser homem”, “não pode chorar”, ou seja, precisa sempre esconder sua sensibilidade, o que pode gerar posteriormente, problemas emocionais graves como ansiedade e depressão.
Por isso, é compreensível o que observo muitas vezes em meu consultório, as pessoas costumam dizer que vão ao médico ou dentista ao invés de falarem que vão à terapia. Mas até chegarem ao consultório, existe todo um tabu e preconceito com a ação de “frequentar um psicólogo”, dessa forma, muitas pessoas deixam de receber essa ajuda.
No primeiro momento pode parecer muito estranho contar sobre a vida e inseguranças para uma pessoa que mal conhece, além disso, existe o receio do autoconhecimento, de poder descobrir fraquezas de si mesmo. Porém, ignorar os problemas não irão fazer com que eles desapareçam, pelo contrário, “engolir” sentimentos pode gerar transtornos mentais mais graves ou até mesmo doenças físicas, a famosa somatização.
Essa vergonha de ir ao psicólogo está relacionada com o mito, cheio de julgamentos, de que psicólogo é “coisa de louco”, muitas vezes o indivíduo pensa que as pessoas vão achá-lo louco e desequilibrado. Porém, a psicoterapia consiste em um processo que visa a melhoria do bem-estar mental.
É importante ressaltar que toda sessão psicoterapêutica é sigilosa, por isso não se deve ter preocupação das informações serem expostas. Além disso, o profissional está capacitado para respeitar o limite e o tempo de cada cliente.
Também já ouvi de forma recorrente no consultório muitas pessoas achando que vão ficar “dependentes” do psicólogo e que nunca conseguirão lidar com seus problemas sozinhos. O objetivo da psicoterapia é justamente o contrário, realizar esse processo vai devolver ao sujeito a autonomia de poder lidar com seus problemas, pois, à medida que se tem um profissional ajudando a perceber aspectos de si mesmo, dos outros e de sua vida que não se está conseguindo perceber ou superar, a tendência é a pessoa aprender a lidar melhor com eles.
Procurar ajuda psicológica é sinal de maturidade, desenvolvimento, consciência, amor próprio e coragem para atingir o seu equilíbrio emocional e bem-estar. É fundamental lembrar que todas as pessoas, pelo menos em algum momento da vida, necessita de alguém que ajude a resolver conflitos internos, superar traumas e dificuldades e ressignificar histórias e sentimentos. Apoio emocional traz mais felicidade e melhora a qualidade de vida! Agende sua consulta clicando aqui!
Texto: Eduarda Ferrari (CRP: 02/17.312) – Psicóloga Clínica e Orientadora Profissional